quinta-feira, fevereiro 10, 2011

4 comentários:

Anónimo disse...

De Facto, a ligação eti-
mológica entre os termos alemães para «pintura» (Malerei) e «mancha» (Mal), este último também traduzível
por «estigma» ou «marca» — sem com isso resolver o problema —, não é reconstituível em português. Benjamin
tem a vantagem de se poder servir, como lembra Maria Filomena Molder, dos «nós que a língua alemã con-
sente e prodigaliza», sugerindo desde logo ao seu leitor «a transição sem sobressalto que vai de Mala Malerei»
Semanticamente, o verbo «pintar» (malen) e o substantivo «pintura» (Malerei) integram,
desde a sua raiz gótica, e mesmo indo-europeia, o sentido original de Mal, quer como «mancha, mácula,
estigma, sinal, marca, pecado», quer como «marco» (antigo alto alemão meil, para ambos os sentidos). O sen-
tido germânico original de «pintar» (antigo alto alemão maton, malen; gótico mel an) cobre todos os campos
da representação visual, gráfica e escrita, a que o texto de Benjamin se refere: o verbo significava «prover de
sinais, ornamentar, representar a cores», mas também «escrever». Maria Filomena Molder usou o termo «mancha» para o intraduzível Mal. Qualquer outra tradução
portuguesa traria o estigma da insuficiência. Mantendo, por isso, a tradução já proposta no seu livro
Matérias Sensíveis, donde, te habilitas a ir para o céu

Rosário disse...

Gosto!

Dr Stealdare disse...

Ó alma penada e se fosses bugiar?

Anónimo disse...

Ah pois! Gosto muito, tem muita qualidade é muito interessante e funciona.
Vou seguir o teu conselho lendo o bom do Antonio Botto.

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